A dislexia é um distúrbio específico de aprendizagem que afeta a forma como o cérebro processa as informações escritas por meio de letras e palavras, causando, portanto, atraso no desenvolvimento da leitura. Além disto, os indivíduos com dislexia também
podem enfrentar desafios importantes para soletração, rimas, nomeação, e até na própria escrita. Há portanto, uma falha na percepção de que palavras são formadas pela união de sons menores e na identificação dos sons com seus respectivos símbolos, o que chamamos de consciência e rota fonológica. É possível notar que estes pacientes costumam compreender com maior naturalidade se alguém puder ler para
eles, pois a compreensão do que é falado por outra pessoa está preservada.
Esta condição, não está relacionada à inteligência geral do indivíduo, sendo comum
que as crianças com dislexia possuam habilidades cognitivas dentro da média. Em
muitos casos as crianças apresentam ótimo desempenho em outras matérias
escolares, incluindo a matemática, porém referindo que não gostam de ler, ou
desistindo facilmente de tarefas que envolvam a leitura. Por este motivo, podem ser
dadas como preguiçosas pelos pais ou professores.
Já nos casos de maior gravidade o paciente poderá sim apresentar dificuldade de
aprendizado em outras áreas, visto que todas as disciplinas irão requerer a
compreensão de textos sobre cada tema específico, até mesmo para entendimento
de problemas matemáticos.
Por serem inteligentes, os pacientes acabam por perceber que não estão
progredindo por conta do déficit na leitura, gerando autocobrança exagerada e
consequentemente levando a sintomas de ansiedade e frustração.
A dislexia portanto, não é uma condição simples, podendo afetar não só a vida
acadêmica do indivíduo, mas também a vida social, a capacidade de resolução de
problemas e até capacidade de se tornar independente na idade adulta. Além disso,
até 30% dos casos de dislexia podem estar associados com sintomas de TDAH.
Dificuldade na leitura:
Crianças com dislexia podem ter dificuldade em associar letras aos sons correspondentes, levando a uma leitura lenta e imprecisa.
Problemas de soletração:
A escrita e a soletração podem ser afetadas, com erros frequentes, inversões de letras e dificuldade em organizar palavras e frases.
Desafios na compreensão de texto:
A compreensão de textos pode ser prejudicada, mesmo quando a leitura individual de palavras é realizada corretamente.
Dificuldades com a escrita manual:
A caligrafia pode ser desafiadora, com letras mal formadas e espaçamento
irregular.
Memória de curto prazo:
Alguma dificuldade em reter informações relacionados ao conteúdo da leitura pode surgir, afetando a aprendizagem.
Intervenção Educacional Especializada:
Programas de intervenção específicos para dislexia, muitas vezes ministrados por profissionais especializados em educação especial (pedagogos, psicopedagogos e fonoaudiólogos), visam melhorar habilidades de leitura, escrita e soletração.
Acompanhamento psicológico:
A psicoterapia pode ser benéfica para lidar com aspectos emocionais associados à dislexia, como frustração, ansiedade e baixa autoestima.
Tecnologias assistivas:
O uso de tecnologias, como softwares de leitura automatizada, uso de recursos gráficos, entre outros, podem ajudar a compensar as dificuldades de leitura e escrita.
Dislexia tem cura?
A dislexia não é uma condição que pode ser “curada” no sentido tradicional. No entanto, com intervenções adequadas e suporte contínuo, os indivíduos com dislexia podem aprender estratégias eficazes para lidar com seus desafios específicos. O objetivo é ajudar a pessoa a desenvolver suas habilidades de leitura e escrita a um nível funcional que permita uma participação plena na educação e na
vida cotidiana.
Sinais precoces de dislexia:
Se os pais notarem sinais de dificuldades específicas na aprendizagem da
leitura e escrita em idade pré-escolar.
Dificuldades persistentes na escola:
Se a criança apresentar dificuldades significativas em leitura, escrita e desempenho acadêmico, mesmo após intervenções educacionais
convencionais.
Frustração e problemas emocionais:
Se a criança manifestar frustração, ansiedade ou baixa autoestima devido às
suas dificuldades de aprendizagem.
Desafios na compreensão de texto:
Se a compreensão de textos estiver abaixo do esperado para a idade, apesar
de esforços consistentes.
Solicitação de professores:
Se os professores observarem sinais de dislexia na sala de aula e recomendarem uma avaliação mais aprofundada.
A identificação precoce, a intervenção educacional especializada e o suporte emocional são fundamentais para ajudar crianças a superar os desafios associados à dislexia. Se houver suspeitas de dislexia, procurar a orientação de um neuropediatra especializado é um passo fundamental para a avaliação e o desenvolvimento de um plano de tratamento adequado às necessidades específicas de cada indivíduo.
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